domingo, 28 de junho de 2009

Palíndromos e a resposta ao Ruy Fernando Barboza

Bom, como não venho tendo tempo ou inspiração para postar aqui no blog, vou lançar mão de um recurso muito empregado por renomados autores de Direito, que é o de reproduzir trechos enormes de obras previamente publicadas em obras novas (sobre isto, fico desde já devendo um post sobre o polêmico “autoplágio”).

Enfim, segue transcrição do comentário que deixei no blog do Ruy, tanto como forma de atualizar o blog, como porque fiquei muito feliz em manter contato com alguém admiro muito!


Prezado Ruy,

Somente agora vi teu comentário em meu (nem) sempre atualizado e (nem) sempre visitado blog.

Fico grato pelas gentilezas, de deixar um comentário e de fazer menção a mim em teu blog.

Quanto ao meu interesse em relação às pessoas com deficiência, nem sei dizer quando, como ou onde ele teve início (tudo bem, também não sei como comecei a gostar de Chico Buarque), de qualquer forma, acabei dando um jeito de estabelecer uma ponte entre este interesse e a pesquisa do Mestrado, que aliás é a razão de eu não ter agradecido o seu contato ou de ter atualizado meu blog antes...

Sobre os Palíndromos do Chico, lembro de um caso engraçado, li numa revista... Acho que era uma Playboy em inícios dos anos 90, com uma entrevista onde o Chico revelava que tinha como passatempos projetar Cidades – e agora eu to sem saber se li isso ou se é minha memória me traindo – e construir palíndromos.

Uma parte que me chamou atenção no texto em questão e a qual nunca esqueci, foi o Chico contando que estava tentando construir um palíndromo e como em português não estava dando muito certo, ele tentava outros idiomas...

Estava Chico em seu esforço intelectual quando sua filha – que pelo que lembro da revista em questão ainda era uma criança – o interrompeu perguntando o que ele estava fazendo, ao que ele respondeu que fazia um palíndromo.

Certamente a criança deve ter perguntado o que era palíndromo, o que o Chico deve ter explicado de forma muito amorosa.

Minutos depois Chico é interrompido novamente pela mesma filha, deve ter sido algo do tipo:

– Olha pai, também fiz um!

Intrigado, Chico olhou o papel e se deparou com a seguinte frase: “Oi rato otário”.

Também lembro ter lido que ele ficou surpreso porque o palíndromo feito pela filha dele tinha se revelado mais interessante e complexo do que o que ele tentava construir, recorrendo a outros idiomas!

Bom, como devo ter lido isso há quase vinte anos, não sei até onde isso que eu acabo de falar é verdade e até onde é invenção minha, de qualquer forma, achei que seria interessante comentar...

Como tu disseste, o Chico sempre foi sábio, e mais que isso, pelo jeito é hereditário!

Abraço,

Fco. Pablo Feitosa Gonçalves


Ah, para aqueles que porventura sejam mais puritanos, pois é, reconhecer que li uma Playboy em inícios dos anos 90, equivale a confessar que também olhei todas aquelas fotos de lindas mulheres nuas, incluindo o pôster central em uma época em que não tinha idade pra ler essas coisas... Bom, façam de conta que eu apenas li a matéria com o Chico...