quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rumo ao Mestrado - Parte 2, a missão! (A escolha da Instituição).

Pois bem, uma vez que você está realmente decidido a entrar no Mestrado, o próximo passo é escolher a instituição...

Existem três tipos de aspirantes a mestrandos: 1) Os que se focam num único curso, numa única instituição, e não descansam até entrar nele; 2) Os que escolhem alguns cursos/instituições e se preparam para elas; 3) Os que atiram pra todo lado...

O “tipo” que você vai ser também depende, em parte, do que você gosta e tem aptidão para pesquisar... Tenho um amigo que pesquisa questões relacionadas ao direito e discriminação com um enfoque na literatura e no cinema, é interessantíssimo, mas da última vez que conversamos ele me disse que não haviam muitos programas onde poderia encaixar a pesquisa dele nem possíveis orientadores que já pesquisassem nessa perspectiva...

Tenho uma amiga (que também é ex-professora) que desenvolve uma pesquisa interessantíssima acerca das questões de gênero no direito, ela também enfrentou alguns problemas (e até algum preconceito) em relação a sua pesquisa por parte de possíveis orientadores...

No meu caso, já vinha pesquisando matérias relativas à tributação e direitos fundamentais, meu projeto, com algumas modificações, poderia ser enquadrado em boa parte dos programas com linhas de pesquisa afins ao direito constitucional, direito tributário ou direitos humanos...

Ainda assim, precisava me enquadrar em um dos perfis supradescritos... Para isso, fui descobrir onde tinha mestrado em direito nos Estados do Nordeste, onde tenho família (já que quanto mais eu me distanciasse, maiores seriam os gastos). Nesse trabalho, o primeiro site que me foi muito útil foi o Portal Universia. Clicando em pós-universitário dá pra pesquisar por palavra-chave os cursos de “Mestrado” “Doutorado” e “Mestrado Profissional”. No meu caso, me interessava especialmente o Mestrado Acadêmico (normalmente descrito apenas como “Mestrado”) já que meu interesse maior é em relação à pesquisa e docência... Não que o mestrado profissional não permita que o profissional lecione, mas ele não é “feito” pra preparar docentes... Se quiser saber mais sobre mestrado profissional clique aqui e aqui.

Outro site, que descobri logo em seguida, que relaciona todos os cursos existentes no Brasil, é o da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, que também é o órgão que avalia os cursos no Brasil.

Junto a CAPES é possível descobrir os cursos de Mestrado e Doutorado pesquisando por área, região/instituição e por conceito. (A minha favorita é por área do conhecimento).

Vale lembrar que o conceito do curso não é apenas um “mero detalhe”, pra ser reconhecido pela CAPES (e conseqüentemente seu título de Mestre ter valor para diversos fins, como por exemplo concursos públicos) o curso precisa estar avaliado pelo menos com “Conceito 3”, imagino que quanto melhor for o conceito do curso maior respaldo ele terá, inclusive para fins de avaliação/impressão quando se busca emprego junto à iniciativa privada. No site da Capes tive algumas surpresas desagradáveis, descobri, por exemplo, que um curso de Mestrado onde lecionam que admiro muito vem recebendo sucessivas avaliações negativas.

Na CAPES é possível encontrar, inclusive, as “Fichas de Avaliação” dos cursos, onde dá pra ver quais os pontos fortes e fracos identificados nos mesmos e, comparando com as fichas de anos anteriores, dá pra ter uma idéia sobre o fato do curso estar melhorando (ou não) ao longo do tempo.

Como a regra é que os processos seletivos para os Mestrados se realizem apenas uma vez por ano, pelo menos os que eu tinha em vista eram assim, resolvi que iria concorrer pelo menos em três ou quatro instituições.

Pra minha grata surpresa, o Nordeste possui alguns Mestrados “conceito 4” e um “conceito 5”, que é o da UFPE; vale lembrar que o conceito máximo é sete, sendo que no direito, os cursos mais bem conceituados até a presente data (05/05/2009) são os da UFPR, UFSC e USP, que são “conceito seis”.

O próximo passo foi acessar os sites das Universidades e baixar os editais das seleções anteriores, em decorrência da minha própria experiência e de vários amigos, cheguei à conclusão que o ideal é tentar obter o máximo de editais possíveis da instituição alvo a fim de identificar que linhas/projetos de pesquisa se mantêm constantes, que livros estão sempre na bibliografia recomendada para a prova de conhecimento, etc.

Ainda nesta etapa da escolha da instituição é onde se pode encontrar os contatos (geralmente e-mail) dos possíveis orientadores, descobri que alguns professores, nada obstante a fama e renome que possuem, são pessoas extremamente acessíveis, que respondem aos e-mails e ajudam com o maior prazer! Outros, nem tanto... Acho que vale arriscar, é como dizem, “os fins justificam os mails”, graças às sugestões que recebi meu projeto de pesquisa melhorou consideravelmente!

Como este post já está bem grande, vou deixar os últimos detalhes da escolha do local onde se vai concorrer para um eventual post futuro, onde abordarei também as seguintes questões: Em instituição Pública ou Privada? No Brasil ou no Exterior?

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